O Globo de Ouro
Domingo, dia 17, ocorreu a premiação do Globo de Ouro. Alguns costumam dizer que é uma espécie de termômetro, prévia do Oscar. Os dois filmes com maior número de indicações, o musical Nine (vai estrear dia 29/01) e Amor sem escalas (previsto para o dia 22/01) não ganharam, apenas o último ganhou por melhor roteiro.
A expectativa da noite era saber se Meryl Streep ganharia de si mesma, já que concorria por dois filmes, Julie & Julia e Simplesmente complicado, na categoria de melhor atriz comédia musical. Meryl ganhou e fez um discurso emocionado, para quem é recordista em indicações: já foram 25 no Globo de Ouro. A atriz disse que, em Julie & Julia, fez o papel de uma das mulheres mais amadas da América, Julia Child, como uma homenagem a sua heroína pessoal, a mãe, que fez parte da geração de Julia.
Avatar conquistou o prêmio de melhor filme drama e melhor direção por James Cameron. Foi merecido, porque o diretor passou anos criando uma língua e cultura exclusiva para o filme e parece que os homenzinhos azuis de Avatar conseguiram conquistar Hollywood. No discurso, Cameron agradeceu na língua que ele próprio criou, em Na’vi.
Robert Downey Jr. surpreendeu a muitos na premiação ao ganhar na categoria de melhor ator comédia ou musical por Sherlock Holmes. Agradeceu de forma irreverente, dizendo que todos deveriam agradecer o fato de ele existir, pois assim foram capazes de fazer um excelente filme como o de Holmes.
O desenho da Disney/Pixar, UP – Altas aventuras, ganhou como melhor animação. Sem dúvida, merecidamente, pois o filme é sublime, divertido, belíssimo. E ainda foi premiado por melhor trilha sonora, um trabalho muito bem feito, essencial nos primeiros minutos do filme para constituir a história do personagem.
E, por fim, o grande momento do Globo de Ouro foi o seriado Glee ter ganho por melhor série comédia musical. A série conquistou o público nos EUA em poucos episódios e já faz sucesso aqui no Brasil, transmitida pela Fox. É uma abordagem interessante do “high school”, em que apropria-se dos grandes clichês como a líder de torcida, o jogador de futebol popular, a menina que sonha em ser artista e que não tem popularidade, o homossexual que aos poucos se descobre, a menina negra que busca o seu espaço, a jovem tímida, etc. Mas, ao assumir esses estereótipos comuns de forma irreverente e satirizando-os, Glee conquista por misturar músicas atuais e clássicas em seus episódios.
Agora é aguardar o Oscar e ver se o Globo de Ouro acertou em algumas categorias!
Para ver os indicados e vencedores, clique aqui
Marina Franconeti Ver tudo
Escritora e mestranda na USP em Filosofia, na área de Estética, pesquisando Manet e o feminino. Ama pintar aquarelas, descobrir a magia oculta nas tintas e na prosa do mundo.
Má, fala sério!!!
Você quer trabalhar com cinema quando crescer, né?! Ótima crítica de cinema…
Só vai ter que tomar cuidado com as pessoas criticadas, se a crítica não for tão boa… hahahaha
Beijos
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Má, nem precisa falar!!!
Quando eu crescer, quero ser que nem você…
beijinhos
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